quinta-feira, 5 de novembro de 2015

108 saudações ao Sol



Hoje eu realizei 108 repetições do suryanamaskar.

Esses tempos uma aluna minha contou que tinha feito esse desafio.

Isso certamente foi um estímulo! Afinal, já é metade da minha vida praticando yoga, estava na hora.

Eu tenho esse problema com planejamento. Ano passado até quis seguir um roteiro para realizar as 108 repetições, não segui e não cheguei nem a tentar.

Também não é raro eu me perder na contagem dos 5 suryas A e 5 suryas B, em algumas aulas de astanga. Como faria pra contar 108?  Pensava.

Com calculadora na mão encontrei os números 12 e 9. 12 séries de 9 repetições chegaria a 108.

Assim ficaria mais fácil.

Hoje foi o dia! Sem planejar. Fui até a escola 6h45 para uma aula individual às 7h. Uma aluna que não costuma se atrasar. 7h05 já sabia que ela não viria (depois fiquei sabendo que ela foi, mas não conseguiu abrir o portão...isso é outra história).

Sem pensar muito peguei um papel e desenhei doze bolas. Puxei meu mat para o meio da sala e comecei. A cada nove repetições, uma bola era riscada.

Ao completar a terceira bola parei por alguns segundos, para abrir a porta (estava esquentando) e para fazer xixi.

Voltei ao mat e continuei. A contagem deu muito certo, a não ser um momento que ouvi um barulho muito forte no vizinho, não tive dúvidas sobre ela.

A cada execução o número em que estava era repetido durante a respiração: inspira 1, exala 1, inspira 1, exala 1, ao chegar no cachorro contava as cinco respirações com o alfabeto (a,b,c,d,e).

A certa altura meus punhos começaram a doer. Passei a me concentrar mais nos músculos a cada chaturanga, urdhva mukka e adho mukka. Deu certo de novo.

Suava. Muito. O tapetinho começou a “esfarelar”, meus pés ficaram manchados!  Pensei que não completaria as 108 repetições por, talvez, duas vezes. Mas segui. Comprometida com o Tapas, um dos Niyamas do Yoga que se relaciona a auto-disciplina e determinação. 

Todas as vezes que me levanto as 5h30, para dar aula às 7h, estou cultivando tapas. Meu objetivo é claro e meu esforço não é exagerado.

E assim segui, me surpreendendo comigo mesma, porque o esforço realmente não estava sendo exagerado, porque a cada parada no adhomukka eu me voltava ao essencial do porque estar fazendo aquilo com minha mente, meu corpo e minha alma conectados.

Tinha outra aula às 8h30. O celular estava desligado e não via as horas. De uma maneira incrível, exatamente, exatamente mesmo depois da 108º repetição e após a entoação  do Om por uma vez e três entoações do Sri Ganesha mantra, ouvi o portão se abrindo.

Não tive tempo de fazer o savasana, mas ao me sentar para iniciar a aula, meu corpo estava incrivelmente leve, minha voz clara e transparente.  

Muitas vezes, em diversas situações, a gente se acomoda. Se satisfaz e pára de buscar ser melhor para si mesmo, para os outros. Se não são os chacoalhões de vez em quando, corremos o risco de passar nosso tempo e nossa vida de uma maneira....morna.

Desafios estimulam, fazem novas idéias e resoluções surgirem em nosso coração.

E a entrega a um desafio muitas vezes nos traz esclarecimento, mais coragem e determinação para enfrentar alguma mudança, alguma decepção.

Mesmo sem saber o que fazer, mesmo conectados com a sábia orientação de “entregar, confiar, aceitar e agradecer”, ficar totalmente parado pode não ajudar.

E talvez por isso, juntando uma decepção, um não saber o que fazer, com a necessidade de não ficar parada que meu ser, mais forte que eu, me guiou e foi. Me levando a completar esse desafio.

108 é um número considerado místico para alumas religiões e tradições ou apenas curioso por diversas razões matemáticas, físicas e metafísicas.

As explanações são diversas e muito interessantes mas, francamente, para mim, o grande “barato” está em repetir junto com várias outras pessoas ao redor do mundo o mesmo desafio, a mesma tradição.

Querendo saber mais é só digitar no google: significado 108. Aparecerão uma infinidade de textos!

Namastê



terça-feira, 31 de março de 2015

Formação em Vinyasa Yoga



Já comentei em alguma postagem que iniciei minha jornada no Yoga aos 18 anos. Me lembro, inclusive, de ter contado que quem me inspirou para a prática naquela época foi a Madonna!

Na verdade minha vida era muito boa aos 18! E meu único objetivo era ficar "sarada". Mas esse primeiro e superficial interesse acabou me conduzindo para uma maior profundidade na prática de Yoga o que foi, e ainda é, um grande bálsamo para todas as feridas que a vida me trouxe.

Não importa o que te leva a praticar, o importante é começar! Tive uma professora que costumava dizer: ninguém procura Yoga porque está bem! E há muita verdade nessa afirmação. 

Porque a prática, seja ela motivada por qualquer circunstância, é da pele pra dentro! Aprendemos a controlar, contemplar e aceitar nossos confusos sentimentos.

Mas esse post não é sobre isso!

Com muita alegria compartilho que finalizei uma nova formação de 200h. Em uma modalidade que enfoca o fluxo contínuo de intensos movimentos combinados com a respiração. Uma delícia! 

A formação correspondeu em 100% minha expectativa.

A foto acima é da cerimônia de encerramento!

Meu objetivo agora e cada vez mais é compartilhar todo o conhecimento adquirido desde o início da minha prática até esse último mês de intensidade e imersão!

Aguardo vocês!

Namastê