Tradução livre do texto: Sevens steps to loving your body, disponível em http://yogainternational.com/article/view/seven-steps-to-loving-your-body
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CORPO, CADA UM TEM O SEU
De acordo com a ciência yóguica, nossos corpos são preciosas dádivas que nos permitem sentir e criar nosso mundo. Esses veículos são importantes instrumentos na jornada de transformação e realização.
Ao invés de honrar e respeitar a dádiva que é nosso corpo,
muitos de nós aprende a detestá-lo. Odiamos nossas barrigas, coxas, seios,
braços e outras características, entramos em dietas malucas, exercícios de
forma obsessiva, e até mesmo em arriscados procedimentos cirúrgicos.
Insconscientemente a gente acredita que lutando para alcançar um padrão de
beleza x, estare mos mais perto do sucesso, amor, aceitação.
O custo é alto. Atenção, energia e dinheiro, que poderiam
financiar nossas paixões e propósitos são sacrificadas para que a gente fique
contando as calorias, perseguindo produtos de redução de peso, tudo o que nos
leva a pensamentos seguidos de auto abuso. Essas dietas esquisitas (a maioria
delas) formadas de comidas de baixa caloria, baixo teor de gordura, processados
em geral sugam nossa a energia do nosso corpo, e afeta mente e espírito. Nos
tornamos desconectados de sentimentos de prazer e da habilidade de expressar
satisfação, e ao contrário disso, experimenta sensações de vergonha,
desconforto e insegurança.
A CAUSA
Já que sentir-se culpado ou fazer-se de vítima pode acabar
com nosso poder e senso de responsabilidade, devemos analisar a situação
observando muito nosso ambiente.
Propagandas são um negócio de 250 bilhões de dólares. A
maioria dos americanos vê 3 mil delas todos os dias. Elas estão nas escolas,
prédios, ônibus, carros, elevadores, emails, mídia, smartphones, e mais. A
maioria das pessoas dizem que não se influenciam pelas propagandas e também, o
editor da Advertising Age relata que apenas 8 % das propagandas são recebidas
pelo consciente. As mensagens são mandadas direto para o subconsciente,
ativando tendências latentes e reforçando a crença de que nós somos feios. Eles
dizem que não somos sexies, magros, jovens, bonitos ou ricos o suficiente e que
para sermos felizes, precisamos ser diferentes.
Essas mensagens nos trazem um luxo extremos em fotos
photoshopadas.Os poros são diminuídos, as pernas aumentadas, excessos reduzidos
e fotos que juntam partes de uma mulher com outra criando uma imagem
absolutamente irreal e exagerada. Essas imagens vistas milhares de vezes por
dia, criam em nosso cérebro um comando de influencia nossos pensamentos,
palavras, ações, hábitos e crenças sobre quem o como atingir aquilo que nos “deveríamos”
ser.
YOGA E
AUTOIMAGEM
A prática de yoga nos ajuda a enxergar e ter mais controle
sobre nossas crenças inconscientes, nos ajuda a resistir à força das
propagandas. Na própria yoga! Faz-se cada vez mais propagandas destrutivas
sobre a prática de yoga: pessoas excessivamente magras, mulheres provocantes, homens
fortes e poderesos são mostrados em posturas ultra avançadas.
Hoje, yoga é equiparada a essas imagens, vendendo tudo desde
revista, aulas, produtos, professores. Como resultados, novos alunos podem se
sentir intimidados. Professores que tem uma grande sabedoria sobre o Yoga se
sentem inseguros de compartilhar o que sabem porque não conseguem fazer uma
invertida no meio da sala. Outros, pegos pela propaganda de odiar o próprio
corpo, usam exercício físico (puro), medo de engordar como motivação para a
aula.Não percebemos que ao buscar apenas melhorar um ásana querendo aquela
perfeição das propagandas, deixamos escapar os mais profundos ensinamentos da
prática, e comprometemos nossa saúde.
SAÚDE E
IMAGEM DO CORPO
Apenas poucas mulheres tem o corpo idealizado tanto pela indústria
do yoga como outras propagandas. Para obter essa imagem – alta, esguia, com
quadris estreitos e fartos seios – muitas desenvolvem distúrbios alimentares.
Dietas restritas, binge eating, compulsão por exercícios, bulimia e anorexia,
todas as formas de desordens que atingem mulheres de todas as idades. Até os
casos mais fracos de distúrbios alimentarem resultam em má nutrição o que
atrapalha nossa capacidade de pensar e discernir, rouba nossa energia e força
vital e desequilibra funções cerebrais e hormonais, entre outros problemas.
Outra forma utilizada para se obter esse corpo idealizado é
a cirurgia. Sempre dolorosa, e as vezes perigosa, cirurgias estéticas cresceram
drasticamente – mais de 450% desde 1997.
Além da questão física, o apelo por beleza resulta em danos
psíquicos como baixa autoestima, depressão, sensação de estar preso a uma
figura desajustada em sua própria vida.
ENTRANDO NA PRÁTICA
Como uma yoguini e bulímica em recuperação que vomitava 20
vezes por dias, todos os dias, por mais de 18 anos, eu encontrei muitas posturas
básicas importantes para desfazer a desordem mental que me fazia odiar meu
próprio corpo. Bem no início da prática, técnicas avançadas como tapas (sense
training), brahmacharya (controle de energia) e abhyasa (applying effort)
apenas acrescentava vergonha e culpa pela desordem que eu aparentemente nunca
superaria. Mas essas estratégias tornaram-se importantes ferramentas anos mais
tarde, depois de eu adquirir mais firmeza e começar a amar meu corpo novamente.
(continua)
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