sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Yoga machuca sim!

Namastê, queridos.

Queria falar um pouco sobre os riscos de uma prática sem o devido preparo e a devida orientação.

Hoje em dia, com Facebook, Instagram, etc. a "exibição" passou a ser tentadora demais! Quase todos nós nos rendemos em alguns momentos.

Só que esses dias eu vi uma foto de uma pessoa realizando uma invertida sobre a cabeça de uma forma TOTALMENTE errada e, claro, perigosa!

Numa postura como essas, jamais o peso do corpo deve ficar sobre a cervical. Pensem, o peso todo do seu corpo sobre algumas poucas (e não feitas pra isso) vértebras!

A invertida sobre a cabeça é essa postura aqui,




e para ser feita corretamente deve apenas ter o "cabelo" tocando o solo, é assim que os professores gostam de dizer.

Precisamos ter a distância correta entre os cotovelos, manter os antebraços firmes contra o chão,  e toda a força deve estar concentrada na musculatura das costas, braços e core. Assim, buscamos não soltar absolutamente o peso do corpo sobre a cabeça. 

 Caso contrário, a compressão dessas vértebras pode provocar lesões, até mesmo hérnias, se houver repetição do erro.

E quem quer ter como resultado de um impulso de postar uma foto legal,  uma hérnia na cervical, que não tem cura? Acho que ninguém, né?

Então estejam atentos...

Digo com propriedade que yoga machuca porque eu já me machuquei. Isso aconteceu há quase três anos, durante minha formação.

E sabe o que me moveu ao ponto de me machucar? Meu ego, claro...sempre ele! Também quis me exibir!

Eu queria descer mais que todos na sala, numa postura chamada trikonásana, essa aqui: 




Resultado, uma dor no quadril que persistiu por quase 8 meses. Não consultei nenhum médico, fiquei de ir a um osteopata, mas felizmente, seguindo a orientação da minha professora de anatomia para "consertar o estrago" a dor sumiu, e eu acredito que tenha aprendido a lição. Mas a história poderia ter sido diferente e eu poderia ter tido uma lesão mais grave!

Nunca uma articulação deve ser forçada durante a prática, nunca! Uma lesão em articulação é muitas vezes irreversível!

Como dizia minha professora: a articulação é branquinha, frágil, devemos usar nossos músculos que são vermelhos, fortes!

Enfim, espero que ninguém tenha que se machucar para aprender!

E a lição mais importante da yoga tá justamente nessa não necessidade de mostrar nada pra ninguém! Uma postura só deve ser feita se nos trouxer bem estar, e se esse bem estar existir essa será linda, ainda que seja uma postura super simples, ou que a gente esteja no primeiro estágio.

Invertida sobre a cabeça é coisa séria! Sem brincadeira, muito menos exibição!

Deixe seu ego na porta!!



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Programação Novembro a Março 2014

Oi Gente!  Fiz um calendário de hoje até março de 2014!

Cliquem na seta azul para passar o mês adiante!

Qualquer dúvida entrem em contato.

Namastê


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Ainda sobre religião.





Vira e mexe alguém aparece aqui na escola preocupado com a questão “religiosa” que se acredita existir na prática de Yoga.

Minha primeira e imediata reação é afirmar: Yoga não é religião.

E quando digo isso, quero simplesmente dizer: A prática de yoga, de forma nenhuma, vai te fazer ser desleal com sua religião (católico, evangélico, espírita, budista, etc). Muito pelo contrário, ela vai aumentar sua fé naquilo que te faz bem e te traz paz.

Essa é minha resposta básica, rápida e rasteira.

Mas às vezes o aluno quer saber mais!

E claro que há muito mais a ser falado, mas muito antes das divagações sobre um tema TÃO complexo que envolve muita história e cultura de muitos mil anos comecei a fazer a mim mesma algumas perguntas:

Você sabe o que é autopercepção? Você se percebe? Se conhece?

Identifica plena e pacificamente (sem duvidar, invejar) o BEM alheio?

Costuma ter consciência quando erra, ou quando age com algum sentimento negativo? (inveja, cobiça, luxúria, egoísmo, raiva, etc)?

Tem o hábito de contemplar a natureza, que podemos chamar de criação divina?

Para falar sobre religião acho fundamental elevar os sentimentos, e buscar a sinceridade mais pura do coração.

Porque se você se deixa levar pelo que você lê, ouve, vê e não pelo que você sente, você não vai atingir o objetivo de toda religião que é nos RELIGAR ao divino. Você vai fingir, apenas. É comum que a religião nos seja imposta, normalmente dentro de nossa família, mas também podemos nos influenciar por amigos.

E se isso acontece, a pessoa acaba se tornando intolerante. Ela levanta barreiras em torno de si, para que nada abale a convicção que se esforça pra ter.

Agora quando a pessoa segue uma religião com toda sua alma e coração, TUDO vai BEM. Conheço ‘espécimes’ assim de muitas religiões diferentes! Pessoas que me inspiram e me ensinam muito! E que me respeitam, assim como eu sou, assim como meu vizinho é, e assim por diante.

Após essa breve reflexão, apontemos então para uma questão muito controvertida na prática de Yoga, a meditação!

Em síntese, seu efeito orgânico (biológico, físico, racional) sobre o corpo é de fazer com que o cérebro produza ondas que são benéficas à saúde como um todo.

Sabem quando a gente joga pedrinha na água, aquelas ondas da água? Imaginem essas ondas mais aceleradas ou mais lentas. Então, existe uma velocidade ideal, nem acelerada, nem lenta demais. É esse estado que a gente pretende atingir com a meditação dentro da nossa cabeça.

Só que todos ouvem falar que meditar é ausência da pensamento. E algumas religiões se usaram disso para “viajar” de diversas maneiras, dizendo, entre outras coisas, que o maligno se aproveitaria dessa situação de ausência de pensamentos para penetrar na cabeça das pessoas.

É uma coisa tão ridícula de se dizer! Voltemos às questões iniciais!

Ainda, como sabe-se que no Budismo pratica-se meditação (diversificadas, visto que existem muitas vertentes diferentes de Budismo) associa-se também a Yoga com o Budismo, e ainda, Buda como Deus.

É assunto que não acaba mais! Buda não é Deus. Buda é o nome recebido por aquele que atingiu a iluminação, aquele que percebeu a realidade sem ilusão, nem aflição.

E Yoga não é Budismo mas a prática da meditação acabou criando este ‘vínculo’ entre os dois.

Seja como for, nas nossas aulas, ainda dou muito pouca da meditação clássica. Pretendo ainda ter uma turma especial só pra meditar. Estou estudando bastante pra isso, estudando técnicas que nos ajudam a nos manter focados. Nas aulas normais, como o tempo é restrito, fazemos apenas um aquietamento da mente, e exercitamos bastante a respiração e os ásanas.

O assunto não está esgotado, eu jamais teria capacidade para esgotá-lo! Mas sempre terei disposição em atendê-los, ouvi-los, e quando possível respondê-los, e quando não possível, sempre vou adorar pensar com vocês e depois pesquisar mais!


Namastê

sábado, 24 de agosto de 2013

O exagerado foco no alinhamento correto atrapalha o “flow”?



Nestes meus 16 anos de contato com o Yoga, quase dois deles como professora, continuo conhecendo e aprendendo mais sobre as diversas modalidades de prática.

Neste último final de semana, senti na pele, como nunca tinha sentido antes, o que é a prática de Ashtanga, série I. É muito incrível o que os praticantes fazem! Eu não consegui fazer a série toda, mas fiz mais que a metade, e o suficiente pra sentir seus profundos e sutis efeitos.

Como a maioria das práticas, o Ashtanga surgiu do Hatha e se não tiver sido totalmente criado, foi muito aprimorado e difundido por Pattabi Jois, o guruji dos praticantes dessa modalidade.

Possui séries fixas em diferentes níveis. Sua prática visa progressivamente desenvolver a plena sincronização dos movimentos com a respiração, e sua execução sem interrupções, sendo a ordem dos movimentos de um significado especial e profundo para o corpo. Por exemplo: uma mesma articulação alongada em diferentes sentidos, ou ainda movimentos diferentes que estimulem o bom funcionamento de um determinado órgão. E tudo isso num passo a passo rigoroso que tem como destino final a libertação, a paz plena.

Alguns consideram o Ashtanga como uma prática "austera" pelo excesso de rigor.  É tipo assim: depois primeira inspiração no Surya A, só pare exalando em Savasana. Em média, uma hora e meia depois. Sim, uma hora e meia, sem o aquecimento inicial! E esse seu requisito pra ir pra série II.

E é aí que entra a pergunta título: a busca pelo alinhamento atrapalha o fluxo contínuo dos movimentos?

E a resposta é: SIM, CLARO!

Num caso como o de Ashtanga, o praticante precisa ter uma familiaridade muito grande com as posturas, senão é muito grande o risco de se machucar se quiser acompanhar o flow-fluxo que a prática exige.

Contudo, queridos alunos, aqui, somos todos iniciantes. Estou começando aqui em Itararé. Vocês estão começando. Já há alunos exemplares que me enchem de alegria e entusiasmo, mas estamos começando!

TODAS as posturas de yoga exigem um alinhamento correto, dos pés à cabeça. Esse alinhamento muitas vezes é natural e fácil, outras vezes não. É preciso tempo para chegar lá, para aprender a distribuir o peso pelo corpo, trabalhando toda musculatura e protegendo todas as articulações.

Daí entra a profe chata aqui. “Mais pra cá! Menos! Aqui, aqui...mantém, contrai os bandhas...” Por favor, eu peço que se eu exagerar nas correções e acabar atrapalhando vocês, me avisem! Cada um é cada um, tem gente que gosta mais, outros menos...conto com vocês!

Muitos de vocês sabem meu profundo interesse pelo método Iyengar! Diferente do Ashtanga em relação ao fluxo-flow da sequência, já que paramos o tempo todo para corrigir as posturas, visto que se busca o alinhamento "perfeito" e essa perfeição é diferente para cada corpo. Mas, claro que também busca desenvolver uma prática fluída dos movimentos, o que acontecerá naturalmente, após o corpo se habituar às poses e puder fazê-las sem o foco exclusivo no alinhamento.

Acho incrível o passo a passo, acho fundamental o sentir cada postura-ásana em sua plenitude, com todas as células do corpo focadas no objetivo final, mas principalmente nas percepções sutis.

Mas também, acho mágico o fluxo-flow do Suryanamaskar, executado e respirado com coordenação-vinyasa. E isso eu já passo pra vocês! “Inspire-eleve os braços, exale-solte o tronco à frente, inspire-eleve só a cabeça, abrindo o peito, etc.” E não esqueçam o susurro! A respiração ujjayi.

Conclusão: a de sempre! Tempo, dedicação, paciência, persistência e MUITO amor! Para todos nós!

E, por enquanto, vamos continuar praticando a base da prática com um Hatha Vinyasa bem delícia e com o passar do tempo, vocês também terão suas próprias experiências com as diferentes e mais específicas modalidades.

Namastê  



segunda-feira, 8 de abril de 2013

Yoga é religião?

Não! Definitivamente, não.

Yoga é uma prática para pessoas de todas as religiões, e ofertará como benefício ao praticante, um crescimento de sua fé, seja ela qual for!


Quando começo a sentir os efeitos?

Estamos tão acostumados a respirarmos mal, andarmos sem equilibrar direito nosso peso sobre os pés, ou quadris, tão mal habituados a conviver com desconfortos e dores!

Então é natural que logo na primeira aula, sinta-se muito bem estar.

E foi observando os resultados diferentes dos alunos, que achei ser importante falar sobre esse "encantamento" que é muito comum de acontecer já na primeira aula.

Fico extremamente feliz com esse resultado, a mesma paz que vocês sentem ao fim de cada aula, eu também sinto.

Já cheguei a dizer, ao ser perguntada sobre quando se começa a sentir os efeitos da prática, que isso acontece enquanto estamos realizando os exercícios, os efeitos são imediatos. 

Mantenho esse pensamento. Simplesmente porque ao nos entregarmos ao exercício de conectar todo nosso corpo, mente, respiração,  direcionamos nossa atenção para as sensações mais sutis, e isso nos afasta dos problemas que acreditamos ter e nos aproxima mais de nós mesmos.

Contudo, é muito importante que estejamos preparados para "desencantar", porque pode acontecer!

O que vai determinar o avanço é a persistência! Uma afirmação recorrente entre todos os alunos que vez ou outra sentem preguiça de vir à aula, é: "nossa, ainda bem que eu vim."

São diversas reações, há muitas pessoas, como no meu caso, que começam a praticar sem ter nenhum problema grave - emocional ou físico - e que não mais concebem viver sem a Yoga, mas, dentre os que chegam pedindo ajuda, temos os dois típicos comportamentos: aqueles que se autoboicotam por perceber ser a yoga uma prática libertadora, que não nos permite mais agir como "coitadinhos" perante os percalços do caminho, ou senão, aqueles que se empolgam demais no começo, mas depois começam a desaminar e se rendem à apatia,  desistindo da rotina de exercícios, deixando esvair pelos dedos todos os benefícios lentamente instalados.

Devemos sempre ter em  mente que, levamos anos até chegar numa situação grave emocional, e não podemos ter pressa na cura, mas podemos ter muito prazer e gratidão por cada pequeno passo que damos em direção a ela.

Método prático, testado e comprovado para alcançar a boa saúde, a ioga não oferece soluções rápidas. Ao contrário, é um programa de longo prazo que visa a desenvolver um estilo de vida bem mais positivo. (coleção VIVA IOGA- Energia, Publifolha)

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O grande mestre Hermógenes, diz:

"Sou adepto de um método suave, tranquilo, sem violência, progressivo e fundamentado em vigilância, coragem serena, paciência e persistência." 


" A ansiedade pela cura é tão perniciosa como o acreditar-se estar curado, quando se está apenas melhor."
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segunda-feira, 11 de março de 2013

Mais um pouco de palavras do mestre Hermógenes


"Pelo exposto pode-se estabelecer que aquele que deseje ser jovem, além de exercícios físicos, repouso e dieta, deve: manter pensamentos positivos de coragem, saúde, tranquilidade, juventude e vigor; imaginar-se a si mesmo forte, sadio, bem disposto alegre e entusiasmado; alimentar suaves emoções de amor, justiça, bondade, tolerância e simpatia; ajudar os semelhantes; não se lamuriar; procurar sempre aprender a empreender algo novo; cultivar reverente admiração por todas as manifestações da vida; não tentar provar com excessos sua potência sexual; evitar maledicência, inveja, ódio, ciúme e autopiedade; ocupar a mente com planos generosos e principalmente praticar o 'samprajanya', isto é, viver com exclusividade cada momento, sem ligá-lo ao passado ou ao futuro."

Contudo, atenção:

"Saúde e mocidade não são os fins da Hatha Yoga, não obstante seu miraculoso papel de doadora de saúde e mocidade. O praticante de Yoga não deve perder de vista jamais que um corpo sadio é somente um meio de progredir espiritualmente."


"Para certas pessoas, a vida só presta se transformada num sorvo de prazeres.
O Yoga não se opõe a prazer, pois não implica em sofrimento nem dor. Cultiva, isto sim, prazeres mais caros, mais profundos, mais serenos, mais refinados, e nada decepcionantes, por isso mesmo inacessíveis aos indivíduos psicologicamente imaturos, que apenas conseguem degustar os prazeres rústicos de cama e mesa, negociáveis, excitantes e efêmeros.
O prazer de sentir-se forte e tranquilo, o prazer ameno e sutil das emoções espirituais, a sensação de ser bom - nada diso pode ser vivenciado por qualquer um, muito menos por indivíduos que, entorpecidos, entregam-se às sensações de baixa vibração, que, após desfrutadas, deixam alguma tristeza, certos remorsos, inquietude ou sentimento de culpa, quando não asco."
Auto/HY - pág 49

Ainda defende que ser forte, ser puro, ser tranquilo são apenas condições para a caminhada firme como um ser que decidiu desafiar suas fraquezas em busca da evolução espiritual e humana.

(APHY) 42ed. pág 63

" A milenar ciência yoguin explica a interação psicossomática de maneira mais completa, mediante o 'duplo etérico', como um intermediário entre o corpo físico e a mente. É no duplo etérico ou corpo prânico que enfermidade ou saúde, mocidade ou decrepitude têm origem. O bom e o mau estado da anatomia e da fisiologia do corpo material são apenas reflexos da anatomia e da fisiologia sutis que, por seu turno, precisam e sensivelmente obedecem ao pensamento e às emoções."

Hermógenes, sobre o consumo de carne


"...a natureza não dá saltos, Mude aos poucos, Não cometa a imprudência de abandonar subitamente hábitos desde a infância formados e firmados. Diminua paulatinamente a porção de carne em suas refeições. Ainda outro aviso, dirigido àqueles que, por alguma circunstância, sejam obrigados a consumir carne: não será por atender a um imperativo de seu organismo que você não deverá praticar o regime yogue. Terá sem dúvida menos facilidade, mas poderá praticar o sistema. Uma boa redução na carne, a par de uma alimentação mais variada, já lhe dará proveitosos resultados. A carne não o incompatibiliza com o Yoga. Atrapalha, apenas. Mas a prática de Yoga acaba por 'atrapalhar' os hábitos que forem antinaturais, que serão erradicados naturalmente."
(APHY - p.248)

Naturalmente, não se preocupem!! :)

sábado, 2 de março de 2013

Respira, contraia os bandhas...

Quem faz ou já fez aula no Gaia certamente lembra dessas "ordens"!

Ainda hoje senti algumas coisas diferentes (e maravilhosas) durante o Suryanamaskar em total decorrência dessas contrações.

E a respiração, claro, bastante fundamental pra uma boa execução dos ásanas.

Contudo, eu tento sempre me lembrar de dizer durante as aulas, que vocês não precisam conseguir seguir tudo o q eu digo pra fazer, no momento em que eu digo. 

Como em qualquer novo aprendizado, há um tempo pra se "absorver" a novidade. 

E vocês, absolutamente, precisam ou devem se sentir "mal" por isso. Achar que não são capazes de conseguir. Porque são!

Eu repito sempre durante a aula para que já se crie a consciência de como deve ser feito, isso vai ajudar. Mesmo que não se execute a contração ou o movimento ou a inspiração na hora q eu digo: - Inspire!, só o pensar em fazê-lo, já vai criar uma memória em nosso corpo.

Bom final de semana! 

Ah, você não sabe o que são os bandhas? Venha aqui que eu explico, simplificadamente! Mas se quiser aprofundar, aqui tem um artigo dos melhores que li:


Namastê

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O valor dos mantras e pranayamas

No post anterior, relatei meu primeiro contato com a yoga, e pode ter ficado parecendo que a prática dos mantras e dos pranayamas sejam de menor importância.

De jeito nenhum.


É que, como disse, na época buscava por uma prática mais vigorosa, fisicamente falando, eu tinha 18 anos e poucas preocupações e meus interesses eram bastante superficiais.


A vida passa, as coisas mudam, os desafios crescem e junto com eles nossas dúvidas. Estou no caminho certo? Em quem eu posso confiar? Sou feliz? Serei mesmo tão limitado quanto imagino? Enfim, os questionamentos fazem parte da nossa vida, da nossa condição de ser humano que se relaciona, pensa, sente e age.

E nossa mente vai longe, muitas vezes com pensamentos destrutivos que acabam sugando nossa energia. 

A entoação de um mantra nos auxilia a "impregnarmos nossa mente das formas divinas, banhamos o nosso coração da mais pura vibração e elevamos nossa consciência até a esfera dos Sagrados Seres", conforme palavras de Laura Packer.

Nas aulas aqui do Gaia, por enquanto, as entoações limitam-se ao Om, no início da aula e ao mantra da paz, ao final - Om Shanti Shanti Shanti Hari Om. 

Om não tem tradução, e sim um amplo e profundo significado.Tal qual o Universo. Ao o entoarmos, produzimos uma vibração cheia de energia, capaz de nos unir ao seu significado, ao Universo.

Já o mantra da paz pode ser "traduzido" como: Que haja paz, paz, paz.

Pra quem quiser aprofundar no assunto, sugiro:

http://yogajournal.terra.com.br/show_home.php?tipo=3&sub=42http://yogajournal.terra.com.br/show_home.php?tipo=3&sub=42

Em relação aos pranayamas, trataremos mais a frente!

Namastê



domingo, 24 de fevereiro de 2013

Como comecei


Meu primeiro contato com a yoga foi num clube no bairro de Higienópolis. Era um clube de judeus. Tudo era diferente demais, desde o clube e as pessoas que o frequentavam até a idéia de fazer aula de yoga lá! 

Assim que cheguei, no dia da aula, vi uma moça com um cabelo muito longo e uma saia indiana. Logo imaginei como ela daria aula com aquela roupa e aqueles cabelos.

Pois nesse encontro houve apenas a entoação de mantras e exercícios respiratórios, os pranayamas.

Achei bacana, interessante, mas sai de lá decidida a não voltar. Buscava pela yoga da Madonna, que a deixava flexível, forte, modelada.

Então encontrei numa outra academia próxima a minha casa, a Power Yoga. A professora se chamava Flávia, Flavinha era como nós a chamávamos.

Aí sim, a aula era puxada, exigia bastante de todo o corpo, interna e externamente e, ao fim, a cada relaxamento, novas descobertas!

Era incrível como em meio a tanto barulho na rua, carros, construções, sirenes era possível desligar-se de tudo e estar apenas presente, ouvindo todos aqueles sons, sem julgamentos, sem deixar-se afastar de si mesmo.

Naquela época eu ainda não entendia bem tudo que ocorria com o organismo, fisiologicamente falando, durante e após a prática da yoga, mas isso nunca foi importante! Se eu hoje sei um pouco, é apenas para poder responder possíveis dúvidas de outras pessoas.

O importante é se entregar e então sentir. A entrega certamente vem antes.

Como diz  Pattabhi Jois: Yoga é 99% prática e 1% teoria.

As fotos abaixo são da minha formação em Curitiba. 


Namastê









quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fotos atualizadas do espaço!





Oi pessoal, eis o espaço como está hoje! 

Cada aula são pra no máximo 6 pessoas. O tapetinho para a prática - mat - estão disponíveis mas, ao perceber que deseja continuar praticando, é interessante que cada um tenha o seu e carregue consigo. 

Isso porque, depois de um tempo, aprendemos as sequências, por exemplo, do suryanamaskar - saudação ao sol, e podemos realizá-lo, ao acordar, num dia qualquer!

O tapetinho chama a gente pra prática, verdade! 

Na terceira foto vocês observam na parede, o que se chama de Kurunta.

É uma coisa bem legal!

Usamos a parede para várias posturas de força e, também, nos beneficiamos das posturas invertidas com a cabeça fora do chão, o que protege nossa cervical.

Venha conhecer! E caso tenha qualquer dúvida, entre em contato!

Namastê